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Como adotar um cachorro ou gato: 3 passos para considerar!

Como adotar um cachorro ou gato: 3 fatores importantes para saber antes de trazer um pet para casa

Nunca antes a busca por como adotar um cachorro ou gato foi tão intensa. Saiba o que é considerado indispensável para esse momento.

Se alguma vez você já tentou explicar para alguém sobre como adotar um cachorro ou gato é incrível, sabe que descrever o ato de adotar é quase impossível – afinal de contas, os bichinhos que cruzam com nossos caminhos trazem alegria, felicidade, carinho e repouso para nossos dias. 

E se você decidiu adotar um pet, mas não sabe como adotar um cachorro, como adotar um gato ou sequer como começar essa busca, muita calma. Separamos algumas histórias que podem te inspirar.

Um "veterano" pode conquistar seu coração Ademir, Teresinha e Francisca são os dois gatinhos e a cachorra adotados pela publicitária Amay Spolaore Barbosa de Freitas, 31 anos. Ela acredita que a idade do pet seja um fator importante a se considerar na hora da adoção. 

"A maioria das pessoas quer filhotes porque são fofinhos, mas a chance de destruir móveis é muito maior do que a de um cão adulto, que costuma ter menos energia. Além disso, todo mundo só quer filhote e os adultos sempre sobram. Por que não adotar um adulto que talvez nunca fosse adotado?", diz Amay de Freitas, publicitária, dona de dois gatinhos e um cachorro.

Como adotar cachorro: o que é preciso saber?

As adaptações necessárias devem ser feitas – desde casinhas até o uso de produtos que não agridem os sentidos dos bichinhos, como os detergentes de limpeza sem fragrância da Cafuné. Para preparar a chegada da cachorrinha ao apartamento – que era a casa somente dos gatinhos – Amay procurou uma consultoria.

"Tivemos o auxílio da Carolina da @consultoriapet com a adaptação e ela nos ajudou muito. Inclusive foi ela quem recomendou que adotássemos a Chica, pois sabia que ela era calma, já adulta e tinha uma personalidade mais submissa. Hoje em dia os três já se amam", relembra. 

A nutricionista Isabella Nardinelli também adotou um cãozinho adulto, Coquinho, que já tinha 5 anos. Ela já era dona da Pepa, ainda filhote. "Adotar é um ato de amor. Eles também têm sentimentos de alegria, dor, fome e sono. Precisam de vacinas, comida, água, necessidades. Assim que seu cachorro se adaptar, ele vai te fazer muito feliz, será seu melhor amigo, seu fiel companheiro independente de tudo e tornará qualquer dia ruim em um dia bom. Não imagino minha vida sem Pepa e Coquinho", garante.

A importância da adoção

Embora muitos ainda tenham desejos específicos, como adotar um cachorro de raça, existe uma relação especial também por aqueles que estão em situações de abandono e são resgatados por ONGs. Luisa Benvenuto, que trabalha com marketing, passou por um processo até realizar a adaptação completa da cadelinha Laika Judith, 4 anos.

"Ela sofreu na rua, mudou de lugares e para entender que não seria abandonada e que aquele seria um lar fixo foi um mês intenso. Quando eu saía, ela latia, uivava e teve uma época que fiquei bem desesperada achando que ela não se adaptaria. O pessoal da ONG foi muito importante para me explicar que tem esse processo mesmo. Depois de um mês, ela entendeu que aquele era o lar dela e que eu saía, mas voltava." 

Na opinião de Luisa, para adotar um pet o tutor precisa estudar bastante – desde as necessidades básicas até curiosidades sobre cachorros. É preciso oferecer rotina e estabilidade ao bichinho – e ter muita paciênci.

"Ao adotar, a gente pode acabar esquecendo que tudo é muito novo para eles e que não temos como explicar que será diferente. Só a rotina vai mostrar isso", disse. 

Como funciona o trabalho das ONGs?

Muitas ONGs que realizam trabalhos exemplares acabam tendo que abrir mão de trazer novos bichinhos por não terem espaço para acolher a todos como um lar temporário. Por isso, quem adota também ajuda indiretamente as ONGs.

Além disso, o trabalho é realizado em 360: as organizações também oferecem suporte emocional, ajudando os novos donos a entender como adaptar o cachorro ou gato ao novo lar.

Antes mesmo de se pesquisar "como faço para adotar um cachorro", Aline já sabia que dividiria, em algum momento, seu lar com um amigo de quatro patas – e ainda frisa sobre a importância da adoção. "Não compre, adote sempre. Tem muitos precisando de amor e uma caminha quentinha. Depois tem que ter paciência, muita: se for filhote, passar pela fase é lindo, mas dá trabalho. Às vezes eles demoram para aprender, ouvir, se adaptar, mas a gratidão que eles demonstram não tem preço."

O ideal é que antes de adotar a pessoa procure saber as principais necessidades do animal, pesquise curiosidades sobre gatos, melhores alimentações, como preparar a casa e outras informações essenciais. A ONG Adote um Gatinho, hoje possui mais de 300 bichinhos disponíveis para adoção. O rigoroso processo acontece todo de forma online, onde a pessoa escolhe um gato e preenche um formulário de adoção. 

Através do formulário de interesse, são avaliados requisitos básicos de moradia como abrigo contra chuva e frio, rotas de fuga, telas em apartamento principalmente no caso dos felinos, disponibilidade financeira, nível de interesse e disponibilidade para visitar o bichinho. 

O formulário avalia diversas questões psicológicas e de abrigos físicos, para entender melhor o local de moradia do pet. Além disso, todo o suporte técnico também é levado em conta, como as rotas de fuga, abrigos contra chuva e frio e as telas em apartamentos e andares superiores – indispensáveis para os bichanos. A disponibilidade financeira também é avaliada, afinal, os gastos com ração, exames e idas periódicas a veterinários são parte do processo.

"A sensação de saber que você salvou uma vida é indescritível."  

Marina Inserra, presidente da ONG que leva seu nome, comenta sobre os inúmeros motivos que levam à adoção – e toda a questão social que é atrelada ao processo de adotar um bichinho.

"Na maioria dos casos, a comercialização dos cães é feita de forma clandestina, sem fiscalização e sem respeito ao bem-estar e à saúde dos animais; quando você adota, ajuda a reduzir o número de animais abandonados e, consequentemente, o número de cães que irão procriar pelas ruas", diz. 

"Adotar é uma experiência rica para toda a família. Todos os cães que já passaram fome, sede ou alguma outra necessidade, são extremamente gratos quando ganham a oportunidade de serem cuidados e quando você adota um cão pode escolher o que melhor se adapte à sua realidade e rotina de vida", conclui.

Agora que você já sabe como adotar um cachorro ou gato, que tal viver essa experiência?